POBRES INOCENTES...




Vítimas de uma sociedade egoísta, fútil, venal...
Ontem 03/10/2016, assistindo ao capítulo de uma novela fiquei extasiada, chegando às lágrimas com a cena - três irmãos (uma jovem e 2 duas crianças) abandonados pelo pai recém-viúvo que se entregou a bebida após o falecimento da esposa vindo a falecer também. A psicóloga do colégio exige a presença do pai e a mais velha sem condições de fazê-lo mente e falsifica a assinatura do pai numa atitude de desespero para não transparecer que estavam sozinhas e justifica a ausência do pai inventando estar ele em tratamento num sítio afastado da cidade.
Uma cena extremamente dolorida para os três irmãos. Uma psicóloga, uma assistente social levando-os a força para um abrigo. 
Pobres inocentes...
A ficção imitando vida...
Uma desumanidade a cena, uma constante nos dias de hoje. Pais irresponsáveis põem filhos no mundo sem condições de criá-los, sem dar-lhes a condição necessária de família. 
Muito presenciei essa situação no trabalho realizado na Pastoral Social da Igreja. Vez por outra precisava recorrer ao Conselho Tutelar da cidade. Crianças criadas pior que bichos, abandonas a sua própria sorte, muitas vezes me deparei com a situação de miséria vivida por essas crianças moradoras de cidade grande, abandonadas pelos pais e pela sociedade. Crianças irmãs apenas pelo lado da mãe, o pai cada uma tinha um diferente. Pobres crianças, abandonadas a própria sorte, vivendo a mercê da caridade de alguns.
Vendo o noticiário das eleições, candidatos gananciosos preocupados com futilidade, brigas de interesses, assassinatos, compra de votos, corrupção e corrupção, corrompendo ainda mais uma sociedade já tão desgastada e sacrificada.
Destruição da honra, da honestidade e principalmente da instituição familiar. Quando ouvimos os noticiários é só roubo, uma roubalheira sem fim, cada um querendo mais que outro, não importam valores, esses se foram embora há muito tempo, já não têm mais vergonha... O fazem descaradamente.
Deveriam sim, fazer a diferença, propiciar uma sociedade mais justa e democrática. Democrática sim, na essência da palavra, para todos e não para uma meia dúzia que estão com o poder que lhes foi outorgado pelo povo, que é esquecido quando sentam em suas cadeiras executivas ou legislativas. Propiciar e fazer acontecer os meios para ter-se mais escolas que ensinem de verdade o valor do homem como ser humano em toda a sua plenitude, oferecer trabalho que dignifique o homem – ser humano, propiciando dignidade e sustento da família. Um direito assegurado pela nossa carta magna a Constituição
Com esses dois pilares teríamos um Brasil diferente e progressista onde todas as diferenças morreriam, pois todos seriam iguais, o branco e o negro, o pobre e o rico, o heterossexual e o homossexual, o deficiente e o não deficiente, todos, todos sem distinção seriamos iguais como Deus nos criou. Afinal somo todos seres humanos!
Para tal se faz necessário que cada um faça a sua parte e principalmente os que foram eleitos para gerir: nação, estado, município, legislativo, judiciário. Legisladores legislando a favor do povo que os contemplou com esse privilégio, honrando-os e dando condições para viver dignamente, honestamente, cidadãos na essência da palavra. 
Pensem senhores políticos e cidadãos desse Brasil que tanto amo.
Honrem essa outorga que lhes foi dada.
Pais honrem seus filhos, eles serão vocês amanhã.
Ana Fontes

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